Instrumento autônomo, que permite a execução de acordes, melodias simultâneas e arranjos simplificados de qualquer obra musical, o piano tornou-se indispensável à maioria dos compositores.
Piano é um instrumento musical acionado por um teclado, o qual impulsiona pequenos martelos sobre um conjunto de cordas metálicas tensas e de comprimentos diferentes. A vibração das cordas é amplificada em uma caixa de ressonância, que pode ser vertical, nos chamados pianos de armário, ou horizontal, nos modelos de cauda, meia cauda ou quarto de cauda.
Atribui-se sua invenção ao italiano Bartolomeo Cristofori, fabricante de cravos, que em 1709 apresentou em Florença um instrumento denominado gravicembalo col piano e forte. Enquanto o som do cravo é obtido pela ação de plectros, que puxam as cordas para fazê-las vibrar sem variação de intensidade, no piano as cordas são percutidas por pequenos martelos, que agem com mais ou menos força de acordo com a intensidade do toque manual nas teclas. Posteriormente o nome foi abreviado e se transformou em pianoforte ou apenas piano. Inicialmente polêmico, o novo instrumento começou a firmar-se após o primeiro concerto público, realizado em 1768 por Johann Christian Bach, em Londres.
O piano moderno divide-se em quatro partes distintas: o móvel, o teclado, o bloco instrumental e a mecânica. Diversas madeiras são utilizadas para a construção do móvel, cujo formato evoluiu pouco a pouco. Os primeiros modelos, em imitação ao cravo, assumiram uma forma de asa que permanece até hoje nos pianos de cauda. Posteriormente surgiu o piano quadrado, em que o teclado ocupava a metade do móvel, e por fim o piano de armário, de pequenas proporções, para uso doméstico.
O teclado, formado por teclas brancas e pretas -- que podem ser de marfim e ébano ou mesmo pintadas de preto e revestidas de plástico branco -- tem uma extensão de aproximadamente sete oitavas. Cada tecla corresponde a uma única nota e atualmente consiste numa alavanca de madeira apoiada sobre uma ponta metálica que, ligada a outros mecanismos, lança o martelo contra a corda.
O bloco instrumental compreende a estrutura sobre a qual se estendem as cordas, cada qual com espessura, comprimento, tensão e material escolhidos de acordo com a nota da escala que emite. A cada nota grave corresponde uma única corda, enquanto nas regiões média e aguda cada nota é emitida por um grupo de duas ou três cordas percutidas simultaneamente. As cordas se prendem por uma das extremidades nas pontas metálicas de uma chapa de ferro e, pela outra, em cravelhas que giram no cepo metálico, o que permite variar sua tensão e afinar o instrumento. Poucos pianistas estão habilitados a afinar pessoalmente seu piano, embora possam sugerir ao afinador as nuances de sua preferência. O cepo metálico do piano moderno resiste a uma tensão que ultrapassa vinte toneladas. Em sua origem, o instrumento era inteiramente feito de madeira, o que implicava, entre outras coisas, intensidade sonora muito inferior à dos modelos atuais.
A mecânica compreende o conjunto de peças e alavancas interligadas que transmite o movimento da tecla ao martelo, além de outros mecanismos que interferem no timbre e intensidade do som. Cada tecla, com exceção das vinte últimas da região aguda, é ligada a uma peça de madeira recoberta de feltro denominada abafador, que funciona junto às cordas de modo a cortar o som assim que a tecla deixa de ser pressionada, o que impede a mistura não intencional das notas. O pedal direito, ao ser pressionado, levanta os abafadores e prolonga as notas tocadas, mesmo depois que as teclas correspondentes foram soltas. Sua ação determina também um aumento de intensidade e facilita a ligação entre as notas de uma melodia. O pedal esquerdo ou surdina amortece o som -- nos pianos de cauda, isso ocorre mediante o deslocamento do teclado para a direita, o que faz com que os martelos mudem de posição e percutam parcial ou obliquamente as cordas. No piano de armário, esse deslocamento se faz de trás para diante, o que diminui o trajeto do martelo. O pedal central desativa apenas os abafadores das cordas atingidas enquanto está pressionado, enquanto as outras cordas se mantêm com os respectivos abafadores no lugar. A maioria dos pianos de armário não apresenta esse último dispositivo e, nesse caso, o pedal central está ausente ou cumpre a função de acionar a queda de uma cortina de feltro diante de todas as cordas, mecanismo de conveniência doméstica que reduz grosseiramente o som.
A técnica pianística se transformou de acordo com a evolução do instrumento e com as inovações estéticas de repertório e estilo. Atualmente, o treinamento de um concertista exige alto nível de especialização e domínio corporal, não só em relação à coordenação motora de dedos e mãos, mas também quanto ao uso do peso do braço e suas articulações e rotações, inclinações do tronco, posição dos ombros, coluna vertebral, bacia, pernas, pés etc. Estudos aprofundados de fisiologia permitem o desenvolvimento de exercícios programados para obter o máximo rendimento com o mínimo esforço.
Piano é um instrumento musical acionado por um teclado, o qual impulsiona pequenos martelos sobre um conjunto de cordas metálicas tensas e de comprimentos diferentes. A vibração das cordas é amplificada em uma caixa de ressonância, que pode ser vertical, nos chamados pianos de armário, ou horizontal, nos modelos de cauda, meia cauda ou quarto de cauda.
Atribui-se sua invenção ao italiano Bartolomeo Cristofori, fabricante de cravos, que em 1709 apresentou em Florença um instrumento denominado gravicembalo col piano e forte. Enquanto o som do cravo é obtido pela ação de plectros, que puxam as cordas para fazê-las vibrar sem variação de intensidade, no piano as cordas são percutidas por pequenos martelos, que agem com mais ou menos força de acordo com a intensidade do toque manual nas teclas. Posteriormente o nome foi abreviado e se transformou em pianoforte ou apenas piano. Inicialmente polêmico, o novo instrumento começou a firmar-se após o primeiro concerto público, realizado em 1768 por Johann Christian Bach, em Londres.
O piano moderno divide-se em quatro partes distintas: o móvel, o teclado, o bloco instrumental e a mecânica. Diversas madeiras são utilizadas para a construção do móvel, cujo formato evoluiu pouco a pouco. Os primeiros modelos, em imitação ao cravo, assumiram uma forma de asa que permanece até hoje nos pianos de cauda. Posteriormente surgiu o piano quadrado, em que o teclado ocupava a metade do móvel, e por fim o piano de armário, de pequenas proporções, para uso doméstico.
O teclado, formado por teclas brancas e pretas -- que podem ser de marfim e ébano ou mesmo pintadas de preto e revestidas de plástico branco -- tem uma extensão de aproximadamente sete oitavas. Cada tecla corresponde a uma única nota e atualmente consiste numa alavanca de madeira apoiada sobre uma ponta metálica que, ligada a outros mecanismos, lança o martelo contra a corda.
O bloco instrumental compreende a estrutura sobre a qual se estendem as cordas, cada qual com espessura, comprimento, tensão e material escolhidos de acordo com a nota da escala que emite. A cada nota grave corresponde uma única corda, enquanto nas regiões média e aguda cada nota é emitida por um grupo de duas ou três cordas percutidas simultaneamente. As cordas se prendem por uma das extremidades nas pontas metálicas de uma chapa de ferro e, pela outra, em cravelhas que giram no cepo metálico, o que permite variar sua tensão e afinar o instrumento. Poucos pianistas estão habilitados a afinar pessoalmente seu piano, embora possam sugerir ao afinador as nuances de sua preferência. O cepo metálico do piano moderno resiste a uma tensão que ultrapassa vinte toneladas. Em sua origem, o instrumento era inteiramente feito de madeira, o que implicava, entre outras coisas, intensidade sonora muito inferior à dos modelos atuais.
A mecânica compreende o conjunto de peças e alavancas interligadas que transmite o movimento da tecla ao martelo, além de outros mecanismos que interferem no timbre e intensidade do som. Cada tecla, com exceção das vinte últimas da região aguda, é ligada a uma peça de madeira recoberta de feltro denominada abafador, que funciona junto às cordas de modo a cortar o som assim que a tecla deixa de ser pressionada, o que impede a mistura não intencional das notas. O pedal direito, ao ser pressionado, levanta os abafadores e prolonga as notas tocadas, mesmo depois que as teclas correspondentes foram soltas. Sua ação determina também um aumento de intensidade e facilita a ligação entre as notas de uma melodia. O pedal esquerdo ou surdina amortece o som -- nos pianos de cauda, isso ocorre mediante o deslocamento do teclado para a direita, o que faz com que os martelos mudem de posição e percutam parcial ou obliquamente as cordas. No piano de armário, esse deslocamento se faz de trás para diante, o que diminui o trajeto do martelo. O pedal central desativa apenas os abafadores das cordas atingidas enquanto está pressionado, enquanto as outras cordas se mantêm com os respectivos abafadores no lugar. A maioria dos pianos de armário não apresenta esse último dispositivo e, nesse caso, o pedal central está ausente ou cumpre a função de acionar a queda de uma cortina de feltro diante de todas as cordas, mecanismo de conveniência doméstica que reduz grosseiramente o som.
A técnica pianística se transformou de acordo com a evolução do instrumento e com as inovações estéticas de repertório e estilo. Atualmente, o treinamento de um concertista exige alto nível de especialização e domínio corporal, não só em relação à coordenação motora de dedos e mãos, mas também quanto ao uso do peso do braço e suas articulações e rotações, inclinações do tronco, posição dos ombros, coluna vertebral, bacia, pernas, pés etc. Estudos aprofundados de fisiologia permitem o desenvolvimento de exercícios programados para obter o máximo rendimento com o mínimo esforço.
Bibliografia:
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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